Oi genteee. Faz tempo que não passo por aqui. Vim hoje dar um oi pra vocês e deixar um texto meu. Espero que gostem. E deixem comentários, sobre o que acharam dele, ficaria muito feliz em saber. é isso! Boa noite e Boa leitura! :)
A VIDA É BOA FORA DO CASULO
Sim, é isso. Hoje acordei e “do nada”, já tinha 19. Ás vezes sinto falta, nessas manhãs
cheias de preguiça, daquela mão que balança devagarzinho para a gente não
perder a hora da escola. E por mais que pareça estranho, ás vezes sinto falta
daquele quase grito seguido de batidas na porta do quarto, quando depois de 20
minutos ainda não movemos um músculo para levantar da cama. Acho que todo mundo
entende que a falta não é exatamente de ter um despertador humano, e sim da sensação
de que sua vida está sob controle, que mesmo que você marque bobeira, tem
alguém observando e esse alguém consertará tudo antes que você perceba.
Existe outra
sensação que se assemelha muito ao desconforto que é crescer. Um dia de chuva. Um
edredom quentinho. Tudo vai bem no seu mundo, até o despertador tocar e você
ter que abandonar todo o conforto, toda a segurança e enfrentar um dia frio sem
ninguém pra segurar a sua mão. É assim, o tempo dá um salto a distância com
vara e de um momento para o outro a diretora da escola, vira o “chefe”
e infelizmente não dá para dizer “ Espera
um minuto, vou chamar a minha mãe!”.
Porque mãe suaviza o mundo pra gente. É igual a quando ela nos leva ao supermercado e nos deixa empurrar o carrinho, pra gente se sentir forte e capaz, porém sem que a gente perceba ela está lá, dando uma forcinha discreta. Pra nós o carrinho está andando porque somos fortes o suficiente para fazê-lo andar. Não somos, ainda. Mais um dia precisaremos ser e é nessa hora que o “bicho pega”. Porque na hora que o carrinho para, e olhamos para os lados em busca de mãos bondosas para empurrar conosco, todas estão ocupadas empurrando o seu próprio carrinho. A vida tem dessas coisas, percebemos aí que precisamos crescer para podermos fazer o carrinho da vida andar.
Porque mãe suaviza o mundo pra gente. É igual a quando ela nos leva ao supermercado e nos deixa empurrar o carrinho, pra gente se sentir forte e capaz, porém sem que a gente perceba ela está lá, dando uma forcinha discreta. Pra nós o carrinho está andando porque somos fortes o suficiente para fazê-lo andar. Não somos, ainda. Mais um dia precisaremos ser e é nessa hora que o “bicho pega”. Porque na hora que o carrinho para, e olhamos para os lados em busca de mãos bondosas para empurrar conosco, todas estão ocupadas empurrando o seu próprio carrinho. A vida tem dessas coisas, percebemos aí que precisamos crescer para podermos fazer o carrinho da vida andar.
Nem sempre
estamos preparados para crescer – ninguém nunca está -. Falo com propriedade,
porque conheço crianças de 40 anos e com filhos. E eu definitivamente não quero
ser uma dessas pessoas. Eu tento dar a elas uma trégua, afinal eu sei que não é
fácil. Um dia eles tiveram que passar por essa transição. Todos passamos. Mas,
o que me deixa um tanto quanto assustada é o “porquê” deles não terem
conseguido. Será tão difícil assim, ser “adulto”?
ADULTO. Que palavra
superestimada. Segundo o dicionário significa “ Ser que completou o desenvolvimento”. Será? Não estamos em
constante desenvolvimento? Sim, estamos. Ou pelo menos deveríamos estar. Acho
que com alguns dos meus exemplos de “adultos”, o dicionário pode estar quase certo
quanto ao significado. Que pararam de desenvolver
é fato. Se estão prontos, já é outra história.
Quando eu era
criança, tinha um fascínio estranho pela vida adulta. Tinha muita curiosidade
sobre o que existia fora do limites do meu quintal. E para mim a vida adulta
era incrível. Ser independente, ter uma vida fora do casulo, ninguém dando
ordens e querendo viver a vida por você – certo, eu posso não ter pensado
isso aos 8 anos, mas eu era uma criança muito inteligente e nasci com um "quê" shakespeariano, então... - Mas o que
eu não sabia era que tinha bem menos purpurina do que eu imaginava - Na verdade
não tinha purpurina alguma-, É tão difícil tomar decisões. Não é mais como optar por milk shake e chá de erva cidreira. Agora é tudo muito
mais agonizante. Porque depois eu não posso voltar atrás e pedir com carinha de
arrependida um pouco de chá. Um ou outro. Sem mais. Agora é difícil confiar nas pessoas. Agora as
brigas não se resolvem mais com um pirulito
de reconciliação. Os sentimentos não são mais tão valiosos. O que mais me
assusta nessa “vida adulta” é que para você ser uma pessoa equilibrada aos
olhos dos outros, você tem que ser um completo desequilibrado. Você tem que
parecer uns daqueles personagens de "admirável mundo novo”. Sentimento não
são sinônimo de sanidade. Pessoas maduras desapegam fácil umas das outras.
Entendem que nada é para sempre e ao invés de ficarem tristes com um término de
um relacionamento, vão encher a cara. Ok. Perdi um pouco o foco aqui.
A minha maior
decepção com o “debut” para a vida adulta é essa falta de curiosidade que as
pessoas tem. Como se eles seguissem a risca o significado da palavra. Acreditam
já terem aprendido tudo o que precisavam. Não buscam trabalhar os sentimentos,
que é o mais importante. Eu sou uma romântica incurável – eu sei que já deu
para perceber -, cada momento da vida para mim é motivo para uma reflexão. Por
aqui geralmente não está acontecendo nada. Não ao redor. Não a olho nu. Mas
aqui dentro, as vezes passa um desfile
cívico, uma carnaval, a passagem de um circo, um aniversário de quinze anos, um
primeiro beijo, um primeiro término, um abraço a luz da lua, um happy hour
divertido, um baile a fantasia, um esbarro com a alma gêmea numa calçada
qualquer, uma tarde a dois numa cama quente. São tantos sentimentos para administrar,
são tantas cores para organizar, muitos momentos para eternizar, não consigo
entender como alguém pode sentir tantas coisas e ainda continuar aleatório a
vida. Eu acredito verdadeiramente que todos os seres humanos no mundo sentem o
impacto de um momento. Mas o que eu não consigo entender é como um momento não
consegue mudar uma atitude, um pensamento, comover um pedido de desculpas.
Apesar da
minha visão romântica sobre a vida. Eu bem sei que enfrentar o chamado “ mundo
real” com toda a sua falta de gentileza e respeito pelos sentimentos dos
outros, com todo o egoísmo disfarçado de individualidade, requer uma atitude mais dura e um coração
menos quente. Quando o seu conto de fadas vira uma fila enorme num banco, uma
conta atrasada, um colega de trabalho insuportável, um trabalho estressante,
uma dúvida a cerca do futuro – ou muitas - , um descontentamento com a vida.
Esse é o sentimento mais fácil de decifrar, é a mais pura e simples decepção da descoberta : O mundo fora da
conchinha não era como um seriado americano, onde a pessoa corre de um lado
para o outro e no final do dia a maquiagem ainda está impecável para encontrar
o namorado gostosão, que espera pacientemente com uma taça de vinho tinto numa
mesa a luz de velas.
Acredite a vida é uma maquiagem que precisa ser retocada, e um fim de dia de trabalho cansativo, sozinha com um pote de sorvete. E confie em mim, esse não é um desfecho ruim. Você também pode terminar o dia sozinha e sem um pote de sorvete, porque o seu salário ainda não caiu na conta. Ou porque você pagou as contas e sobraram míseros centavos que você provavelmente vai precisar fazer o milagre da multiplicação para estica-los até o fim do mês.
Acredite a vida é uma maquiagem que precisa ser retocada, e um fim de dia de trabalho cansativo, sozinha com um pote de sorvete. E confie em mim, esse não é um desfecho ruim. Você também pode terminar o dia sozinha e sem um pote de sorvete, porque o seu salário ainda não caiu na conta. Ou porque você pagou as contas e sobraram míseros centavos que você provavelmente vai precisar fazer o milagre da multiplicação para estica-los até o fim do mês.
E ainda existe uma
visão muito mais sombria e severa sobre a realidade.
Ela pode não ter
poesia.
Não ser comovida
por uma boa música.
Não ter
curiosidade,
Nem expectativas
sobre o amor.
A vida pode ser
uma família perdida em relações conflituosas.
Pode ser falta de
carinho e necessidade de cuidado.
Pode ser um amor que se perdeu.
Pode ser o vigor
da juventude que apagou.
Pode ser
arrependimentos em cima de arrependimentos por não ter conseguido enfrentar a
vida.
Pode ser consequências
da fraqueza de ser jovem, e adiar a vida, e aceitar a vida.
Pode ser não
lutar.
Também pode ser
não ter a vida dos sonhos. Mas quem tem?
Em todas essas terríveis
versões estragadas da vida. Existe uma singularidade latente. A vida é
sentimento. Nossa sina é sentir. Estamos igualmente condenados a uma vida de
sentimentos. Nem sempre bons. Mas há quem diga que a vida não teria graça sem
alguns descontentamentos. Qual seria o sabor da vitória sem a derrota?!
Uma das coisas
sobre a vida que eu tenho certeza é que apesar dela ser rude, severa, e não ter paciência com quem está começando,
ela passa. E não há nada que a faça
parar. É um tic-tac infinito. E com a mesma certeza de que não podemos parar
esse trem, também é certo que não a nada que não possa ser amenizado. Melhorado. A vida se
resume a uma corrida que não termina. Pode parecer exaustivo, mas olhando por outro
ângulo, enquanto pudermos correr, podemos consertar, então... Foi isso que eu
decidi fazer. Correr. Buscar o melhor da vida. Acrescentar um pouco de poesia
para amenizar a gastura do dia-a-dia. E isso me serve como uma mão amiga me ajudando
a empurrar o meu carrinho da vida. Crescer é difícil, mas um dia temos que
fazer, não há como fugir do inevitável. Vai acontecer. A única coisa que
podemos escolher é como vai acontecer. Se vamos estar preparados ou se vai vir
em forma de corda esticada no meio do caminho. Eu decidi que vou estar de olhos
bem abertos. E você?
Olá, Stephany
ResponderExcluirTudo bem?
Nossa, quanto tempo :c muitas saudades dos teus posts, vê se volta ein?! e amei o texto, super criativo e bem escrito. Parabéns ao autor.
Beijos*-*
Território das Garotas