- Você, sim. Quanto a mim, não sei.
- Que quer dizer?
O vento cessara. Harold largou a árvore.
- Bem, a maioria das pessoas não é como você. vivem fechadas, em si mesmas. Moram sozinhas nos seus castelos. São como eu.
- Bem , cada qual vive no seu castelo - replicou Maude. - Mas isso não é razão para não baixar a ponte levadiça e fazer visitas.
Harold Sorriu.
- Então você concorda em que vivemos sozinhos. E morremos sós. Cada qual na sua cela.
Maude olhou para a floresta.
- Suponho que sim, de certo modo. É por isso que precisamos tornar essas celas o mais agradáveis possível... Cheias de bons livros, lareiras aquecidas e recordações. Mas, noutro sentido, pode-se sempre saltar o muro e dormir à luz das estrelas.
- Talvez. Mas é preciso coragem.
- Por quê?
- Você não tem medo?
- De quê ? O conhecido eu conheço, e o desconhecido, gostaria de conhecer. [...] "
[ Ensina-me a viver- Colin Higgins/ Pág 76]
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