terça-feira, 8 de janeiro de 2013

De mim sobre "A culpa é das estrelas"



Aqui vai uma resenha sobre o livro " A culpa é das estrelas" do apaixonante John Green. Pra falar a verdade comecei a lê-lo na noite do domingo, agora fazem menos de três dias que estou lendo, e faltam apenas algumas páginas. Estou hesitante em continuar a leitura. Eu já li a parte mais triste e tal. Mas terminar um bom livro nunca é fácil. E sem falar que esses dias praticamente não parei de ler. Fiz algumas pausas é claro, para comer, tomar banho e dar comida para o cachorro. Mas em todas as pausas minha cabeça ainda estava na última cena. E especulando sobre o que aconteceria depois. 
É difícil achar um livro que me prenda assim. Certamente John Green, se tornará um dos meusescritores de cabeceira. Exatamente como escrevi num comentário a um post de uma página, de leitores no facebook : 

Eu geralmente não gosto de livros que falam de pessoas com doenças terminais, mas esse livro o "A Culpa é das estrelas", é muito mais que isso. Ele é romance, Filosofia e drama, ao mesmo tempo. Mata a sua ânsia por todos os estilos literários. 

Eu particularmente tenho uma queda pela filosofia, tanto que um dos meus escritores de cabeceira é o Jostein Gaarder. E até cometi uma traição, contra ele( Perdão Jostein.). Iria começar o livro "O dia do curinga", Mas já tinha lido um capitulo de A culpa é das estrelas, na internet e fiquei fissurada pela história. Então Me perdoe Jostein, dear. 

Gente eu poderia ficar aqui falando, mas ninguém teria saco pra ler tudo. Então vou destacar algumas coisas que me surpreenderam neste livro.

1º - O modo como o Autor ( John Green), consegue fazer com que, o casal do livro ( Augustos e Hazel), pareçam um casal normal. Ou seja, a deficiência deles, mesmo sendo lembrada a cada minuto no livro, é esquecida pelo leitor, nos fazendo imaginá-los como um casal perfeito. É como se nós leitores conseguíssemos chegar naquela segunda dimensão, que a Hazel fala que só consegue chegar ao falar ao telefone, com o amado. Nós conseguimos chegar lá, e vê-los com a perfeição do amor descrito pelo John.

2º - Esse é um daqueles livros que você se apaixona pelo escritor e não pelo personagem. Porque apesar de você está fascinada com um cara, lindo, loiro, de olhos azuis, perneta, mais com um sorriso Torto muito sexy. Ele não existe. Mas existe alguém por trás daquele personagem, que talvez não seja lindo e loiro, mas que conseguiu dar vida e com tamanha sensibilidade, construiu um cara perfeito, nas páginas. Uma parte desse cara perfeito ele deve ter. (risos)

3º - Odiei a namorada do Isaac, até a alma. Odiei ela mesmo, quase me teletransportei pra jogar ovos no carro dela também. [ risos]

4º - Gostei da pitada de Filosofia, descrita no medo do Augustus. O medo do esquecimento, provavelmente muita gente nunca parou pra pensar no que será de nós, depois que partirmos. Não de nós, mas da memoria de quem fomos. Se depois de alguns anos alguém (além da nossas mães, claro!), se lembrará de nós, dos nossos jogos preferidos, dos livros que nos fizeram suspirar. Enfim, o medo de Desaparecermos, parece ser maior que o medo da morte. Gosto de livros que nos façam questionar a existência. Mas voltando ao livro.

5º - O livro do Peter Van Houten, uma aflição imperial. Que termina antes do fim, convencional. Nos fazendo discorrer sobre o fato de a vida, não ter um ponto final, definitivo. Que a história de alguém sempre terminará no meio de uma frase. Não existe uma forma de morrer completo. Sempre vai haver um pedaço que poderia ser escrito. Mas que infelizmente não deu tempo. 

Enfim, o livro é inspirador. Aconselho imensamente que o leiam. Eu posso dizer com toda certeza que leria até a lista de supermercado do John Green. 

" Todos nessa história  Têm uma hamartia sólida como uma rocha: A dela, estar tão doente; a sua, estar tão bem. Se ela estivesse melhor ou o senhor, mais doente, então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare  esteve tão equivocado como quando fez Cássio declamar : " A culpa, Meu caro Bruto, Não é de nossas estrelas/ Mas de nós mesmos." Fácil falar quando se é um nobre romano ( ou Shakespeare!), Mas não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas. "

3 comentários:

  1. John Green é um gênio! Sou completamente apaixonada pelos os livros dele e A Culpa é das Estrelas é o meu preferido! É como você disse, bem mais que um livro que fala de gente doente.
    Amei sua resenha!
    Beijos,
    Kami.
    gostoliterario.blogspot.com.br

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  2. Olá Kamila. :)
    Eu só tive o prazer de ler a culpa é das estrelas, mas pretendo acrescentar os outros com o tempo. Tem alguma indicação? Abração! E obrigada. :)

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  3. Já li esse livro. Gostei dele. Foi uma leitura agradável.
    Beijos!

    http://ymaia.blogspot.com.br/

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