sábado, 29 de junho de 2013

Resenha : O grande Gatsby - Scott Fitzgerald

Olá genteee. :) 
Estávamos um pouco ausentes, Mas não pensem que eu esqueci, hehe. Então para cumprir o nosso cronograma aqui está uma resenha fresquinha de O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald. Espero que gostem, é um livro muito bom. ;)


Eu poderia começar essa resenha de diversas maneiras,porém escolhi como "pontapé inicial" um subtítulo : " As desventuras de Nick Carraway". É eu sei, eu juro que não estou escrevendo uma sátira sobre o livro do escritor da era do jazz. Eu tenho plena convicção da genialidade de Scott Fitzgerald, afinal não é pra todo mundo montar um enredo tão século XX, em 1920. E porque "As desventuras de Nick Carraway"? Primeiro eu tenho que dizer que Nick Carraway é o narrador-personagem, que relata a história de Jay Gatsby.  Agora eu posso responder... Porque parece que ele é o que mais sofre na história. Ele chega na cidade sem conhecer ninguém e acaba saindo com todos os outros nas costas. A prima superficial, o marido da prima um brutamontes infiel, a "namorada" que ele acaba perdendo, e claro, Gatsby um rico com um passado secreto, ao qual todos atribuem péssimos valores.O único de quem eu tive pena no livro,Nick.

Resenha verdadeira:

O Grande Gatsby, conta a história de um homem, banhado no charme de um passado obscuro, o qual lhe rendeu dinheiro suficiente para promover festas todos os fins de semana em sua mansão. Juntando todos os tipos de pessoas, as quais muitas vezes nem conheciam o que lhes pagava o champanhe. Uma vida rodeada por celebridades e pessoas de grande estirpe, Jay Gastby era bem querido, não acham?! Mas será que sempre foi assim? Onde nasceu esse homem tão prestigiado? Em berço de ouro ou de feno? Essas indagações levam Nick a procurar conhecer quem era o seu vizinho tão ilustre. Nick, apesar de morar ao lado apenas observava o jardim do vizinho lotado de gente de todos os tipos. Mas, para Carraway aquele homem era muito mais que apenas um ricaço, que enfeitava sua enorme casa todos os fins de semana, para pessoas que nunca vira antes.

“ Se a personalidade é uma série contínua de gestos bem-sucedidos, então havia algo de grandioso naquele homem[...]”

Nick está numa nova cidade East Egg, e para sua sorte - ou azar, vai muito do ponto de vista - sua prima Daisy havia se mudado a pouco de Chicago para uma casa do outro lado da baía. Daisy sempre foi uma mulher distinta, fina, sofisticada e homens faziam fila para cortejá-la quando jovem. Quando era jovem conheceu um soldado por quem se apaixonou, mas ele não tinha posses e ela vivia no luxo. Ele foi para a guerra e ela ficou, desolada. Porém um tempo depois ele retorna, mas ela não o espera mais, está noiva de um jogador de polo, Tom Buchanan. Tom é um brutamontes, tem modos rudes, porém muito robusto e de nariz aquilino. Se gaba até da grama do jardim do seu palacete branco. Quando Nick encontra finalmente com eles já faz vários anos desde o desencontro de Daisy com o seu soldado. E ela já tem uma filha de quatro anos com o Tom. Um casamento aparentemente perfeito, Aparentemente.
Com o passar das semanas no convívio de Tom e Daysi, Nick percebe algo estranho naquele casamento. Ao desenrolar da história vai se descobrindo as "Puladas de cerca" do Tom, que com seu direito inquestionavelmente Machista, vive a enrabichar-se a primeira mulher que lhe enche os olhos. E logo se afirma sua suspeita, e é o próprio Tom quem a revela a ele. Numa tarde Tom o leva num passeio a cidade, onde se encontra com uma namorada. A namorada de Tom não é nem de longe sofisticada, é robusta e casada com o mecânico, velho e estafado, que mora numa cidadezinha cinza a beira da estrada. Carraway, claro, não se agrada da ideia de ter que compartilhar aquele segredo, mas uma certa brutalidade nas palavras de Tom o fez ficar.

“[...] Numa tarde de domingo, estava indo de trem a Nova York na companhia de Tom e, quando paramos junto ao vale das cinzas, ele deu um salto, pegou-me pelo cotovelo e literalmente me empurrou para fora do vagão.-Vamos descer – ele insistiu. – Quero que você conheça a minha namorada.”

Nessa parte do romance, nós percebemos porque o livro do Scott Fitzgerald, foi consagrado na literatura. Sabendo que o livro é ambientado nos anos 20, Ter um enredo que fale sobre a violação do matrimônio, Traição, é Sem dúvida um feito ousado para a época. Mas já sabemos que Scott Fitzgerald, não era dos que se mantinham nos limites da “permissividade” da sociedade, assim como Ernest Hemingway e Gertrude Stein, juntos foram rotulados de a “geração perdida” da literatura.  E hoje são consagrados Gênios, por seus enredos inovadores e nada conservadores. Então, aí começa a “trama”. Tom Buchanan tem uma amante. Nick fica perturbado em saber que a prima de gestos tão distintos e voz melodiosa, esteja sendo traída com uma mulher tão grotesca como a Myrtle Wilson. – ah! É esse no nome dela -.

Num dia, Nick se surpreende com um recado trazido por um dos empregados do seu Vizinho, sr. Jay gatsby, convidando-o para ir a uma de suas festas. Nick comparece, lá encontra Jordan Baker- uma amiga de Daisy, que conheceu no primeiro dia que visitou a casa de Daisy- e sai em busca do anfitrião. Todos os convidados tinham um opinião diferente sobre o passado do anfitrião, uns até diziam coisas terríveis sobre ele. A partir daí ele vai conhecendo melhor Jay Gatsby, e percebe nele uma espécie de áurea de tristeza ao fim de cada festa, a observar as estrelas olhando o outro lado da baía.

“[...] A uns quinze metros dali, uma figura emergiu da sombra da mansão vizinha e ficou de pé com as mãos nos bolsos, observando a poeira prateada das estrelas. Algo em seus movimentos calculados e na postura firme de seus pés sobre a grama me revelou que era o sr. Gatsby  em pessoa, tentando determinar que porção do nosso céu local lhe pertencia.”

 Também descobrimos uma ligação do passado entre a mocinha e Jay gatsby e é aí que começa a história de verdade. Nick Carraway questiona o motivo de Gatsby promover festas para pessoas desconhecidas. Qual a razão por trás disso? E aí percebe-se que Gatsby tinha sim um motivo para promover festas todas as noites, seu grande motivo era que “alguém” aparecesse. Mas, isso nunca aconteceu, então agora com Nick morando ao seu lado, um fio de esperança reaparece. Ele se aproxima de Daisy e aí nós sabemos que não apenas Tom tem sentimentos por outra pessoa, Daisy também tem um passado em comum com gatsby e ela é a razão para ele estar ali. – não vou contar os detalhes para não estragar, haha. –  Eu acho que não posso falar mais nada sem dar spoiler, então vou terminar por aqui. Eu espero que leiam e tirem suas próprias conclusões. Eu achei bom. Não é tudo o que eu esperava que fosse, mas é Scott Fitzgerald. E essa ostentação das riquezas, bailes, bebidas, elegância, essa é a marca da "era do jazz". E isso eu percebi que sem dúvida corresponde as expectativas de ambientação do livro. Então leiam! 

Trechinho :

"[...] Deve ter erguido os olhos para um céu desconhecido por entre as folhas ameaçadoras e estremecido ao notar
que a rosa é uma coisa grotesca e que a luz do sol castiga violentamente a grama que acaba de brotar. Um novo mundo, palpável sem ser real, onde vagavam pobres fantasmas, respirando sonhos como se fossem ar..."





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