quinta-feira, 9 de abril de 2015

Resenha: "As aventuras de Alice no País das Maravilhas" - Lewis Carroll

Oi genteeee! Depois de praticamente dois meses, aqui estou eu novamente. Fiz uma meta de leitura esse ano para não abandonar de vez esse lindo espaço ( eu amo escrever para vocês, mesmo que esse "vocês" geralmente seja a minha mãe! kkkk). Voltando... A correria do dia a dia tem me deixado um pouco longe dos livros, por isso declarei guerra e decidi que vou ler 20 livros esse ano ( eu sei que muitos de vocês leem muito mais, haha, porém na minha situação isso é bastante!). O primeiro livro foi "Cidades de papel" do John Green. O segundo vai ser "Aventuras de Alice no País das Maravilhas"( só eu achava que era apenas "Alice no país das maravilhas"?) , de Lewis Carroll. Porque eu comprei um livrinho lindo, de capa dura, e com ILUSTRAÇÕES *--------*,  que contém as duas histórias de Alice, essa e "Através do espelho e o que Alice encontrou lá", que vai ser o terceiro livro que vou ler e resenhar para vocês.( vou colocar a "fotinha" dele aqui). Bem vamos deixar de blá, blá, blá e mãos a obra!



Título: Aventuras de Alice no País das Maravilhas
Editora:  Zahar
Autor: Lewis Carroll
Páginas: 149 


RESENHA :

Quantas histórias nós conhecemos por serem clássicas e todo mundo saber decorado do começo ao fim, mas que nunca lemos de fato? Foi isso que me levou a essa aventura por uma terra desconhecida chamado "País das Maravilhas", junto com uma menininha curiosa e travessa e um locutor muito sagaz, que tem uma mente tão imaginativa como nenhuma outra. Sem dúvida Lewis Carroll leva o prêmio de escritor mais "Maluquinho" que eu já li. As Aventuras de Alice pelo país das maravilhas é incrivelmente inusitada, entre Coelhos falantes e constantemente atrasados, um tribunal cheio de incríveis e estranhas criaturas e uma côrte de peças de xadrez. Tudo é sem dúvida uma desconstrução total do que se é esperado. É exatamente como ele adianta no pequeno versinho no começo do livro, que eu achei muito bonitinho e por isso vou transcrever aqui. :)

"Juntos Naquela tarde dourada
Deslizávamos em doce vagar,
Pois eram braços pequenos, ineptos,
Que iam os remos a manobrar,
Enquanto Mãozinhas fingiam apenas
O percurso do barco determinar.
 
Ah, Cruéis Três! Naquele preguiçar,
Sob um tempo ameno, estival,
Implorar uma história, e de tão leve alento
Que sequer uma pluma pudesse soprar!
Mas que pode uma pobre voz
contra três línguas a trabalhar?
 
Imperiosa, Prima estabelece:
"Começar Já" ; enquanto secunda,
Mais brandamente, encarece:
"Que não tenha pé nem cabeça!"
E Tertia um ror de palpites oferece,
Mas só um a cada minuto.
 
Depois, por súbito silêncio tomadas,
Vão em fantasia perseguindo
A Criança-sonho em sua jornada
Por uma terra nova e encantada [...] 
Só uma partezinha dá para entender a obrigatoriedade dessa leitura. Sem dúvida é "sem pé nem cabeça", O livro tem um sentido único, ele inventa e se explica sozinho. E quem assistiu a mais recente adaptação para o cinema e achou muito "Dark", acredite o livro não é nada do que as adaptações infantis vendem. Dá muito o que pensar. Quem já se perguntou : "Gatos comem Morcegos?" ou "Morcegos comem gatos?" Pois é.
Alice mergulha num mundo extraordinário, onde tudo é possível, até mesmo encolher feito um telescópio. E sendo Alice uma menina muito astuta e questionadora, nos dá muito o que martelar. haha  Depois de um bom tempo de monólogo, ela  mergulha numa lagoa de lágrimas ( dela mesma), e encontra várias criaturas que promovem uma "corrida maluca". Depois esbarra com uma lagarta que fuma, e entra numa discussão um tanto quanto filosófica:

Lagarta :  "Quem é você?"
Alice: "Eu... eu mal sei, Sir, neste exato momento... pelo menos sei quem eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então."
Depois da lagarta que deu a Alice muito o que pensar, ela esbarra com um gato de cheshire, um bebê que vira porco e um pessoal meio maluco. E numa dessas esbarradas pergunta muito polidamente ao Gato sorridente:

Alice :"Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?"
Gato de cheshire: " Depende Bastante de onde quer ir"
Alice : " Não importa muito para onde"
Gato de cheshire : "Então não importa que caminho tome."
 Mais a frente encontra uma lebre de março e um  chapeleiro Maluco ( você já deve percebido que tem muita gente biruta nessa história. haha), presos na hora do chá por um relógio que nunca sai das cinco horas.  Depois com uma rainha tirana que tem por hobbie mandar cortar as cabeças alheias. E por fim depois de tantas aventuras acaba num julgamento antecipado, onde primeiro é condenado e depois é acusado. E estando cansada, imagino eu, de tanta andança acorda abaixo da árvore ao lado de sua irmã e da sua gatinha Dinah.

É isso gente, espero que leiam, porque vale a pena, não é a toa que é chamado de Clássico e permanece firme mesmo depois de tanto tempo. Recomendo muuuito, esse maluquinho desse Carroll. beijos mil!

Nenhum comentário:

Postar um comentário